Piercing no mamilo: fetiche, empoderamento ou só estética?

Você acha sexy ou exagerado?
A verdade é: o piercing no mamilo nunca passa despercebido.
Ele divide opiniões, mexe com tabus e — pra quem já teve (ou tem) — desperta sensações bem intensas (em todos os sentidos).
Mas será que ele é só uma tendência sexy? Uma escolha estética? Ou carrega algo mais profundo?
Bom… a Kim Kardashian colocou mais lenha nessa fogueira (com muito peito, inclusive).

Crédito: Skims (Reprodução/Instagram)
A peça da Kim e a polêmica que veio junto
Recentemente, a empresária lançou um sutiã com piercing no mamilo embutido. Sim, você leu certo: os mamilos já vêm “marcados”, com a aparência de piercing de metal.
E como toda provocação de moda bem feita, dividiu o povo: teve quem chamou de arte, teve quem gritou “vulgar!”, “pornográfico!”, “o fim da linha”.
Mas será que a polêmica tá mesmo no sutiã… ou em como ainda olham pro corpo feminino?
Fetiche ou liberdade? Spoiler: depende de quem escolhe
Vamos falar real: o piercing no mamilo carrega camadas.
Ele pode ser fetiche, estética, afirmação de estilo, um grito de empoderamento ou simplesmente uma forma de redescobrir o próprio corpo.

Créditos: (Reprodução/Pinterest)
Pra algumas mulheres, é só bonito.
Pra outras, é uma forma de tomar de volta algo que sempre foi sexualizado sem permissão: os próprios seios.
E aqui vai uma frase pra guardar:
Fetiche não é o problema. O problema é quando tudo que você faz com seu corpo é para o olhar do outro.
“Mas dá prazer?” – A pergunta que não quer calar
Depende.
A perfuração pode sim aumentar a sensibilidade da região — principalmente se você curte estímulos no mamilo. Mas também tem gente que sente menos ou igual. A sensibilidade varia de corpo para corpo, mas o autoconhecimento é o que desperta tudo.
Inclusive, um pequeno (ok, talvez não tão pequeno assim) bastidor pessoal da Bruna da Nubre:
“Já tive piercing no mamilo. Tirei recentemente depois que ele agarrou na porta do box do banheiro e quase arrancou meu peito. Quase desmaiei de dor e de raiva. Foi o suficiente pra me despedir dele… com trauma, mas também com carinho.”
É sobre isso também: o corpo muda, as fases mudam, e as decisões precisam acompanhar quem você é agora.
O que tudo isso tem a ver com autoestima? Absolutamente tudo.
Mamilos ainda são tratados como tabu. São censurados, sexualizados, escondidos — e quase nunca vistos como parte do nosso prazer individual, do nosso corpo criativo, da nossa estética própria.
Furar ou não furar é uma decisão íntima, que tem menos a ver com os outros e mais com o que faz você se sentir linda, viva e presente no seu corpo.

Créditos: (Reprodução/Pinterest)
Um convite da Nubre, com carinho e um toque de ousadia:
Se você sentiu um calorzinho só de ler esse texto, talvez seja hora de pensar:
o que me desperta? o que me provoca? o que me dá poder?
Talvez seja um acessório novo.
Talvez seja um vibrador que pulsa exatamente onde você mais sente.
Ou talvez seja só o direito de se olhar no espelho e dizer:
“Esse corpo é meu.”